Não me lembro quem sou

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Quando a codependência se manifesta, ela leva consigo a maior parte de mim e, além disso, todo o meu olhar sobre mim em detrimento do olhar para o outro.

São tantas as vivências de controlar o comportamento alheio, saber como agradá-lo, ajustar-se ao modelo que caiba na vida dele, cuidar de suas necessidades, que acabo me tornando algo disforme, que se adapta a todas as situações para caber no mundo de alguém.

Assim, se afastando de mim cada dia mais, vou esquecendo da minha essência, dos meus sonhos, dos meus objetivos, de quem eu era, do que eu gostava. Não faço mais planos, passeios, deixo de sonhar e sigo vivendo a vida do outro.

Quando em uma sessão de terapia ou em um grupo de apoio sou estimulada a lembrar de minhas raízes, daquilo que faz parte de mim, do que gosto ou sonhava para minha vida, sou pega de surpresa. Há quanto eu não pensava nisso? Já nem me lembro mais.

Para muitos, este impacto de ver o abismo que se formou dentro de si, entre sua essência e sua máscara, pode auxiliar na busca de mudanças de atitude. Por isso, o autoconhecimento é tão importante. Tenho olhado para mim, me conhecido e reconhecido em meio a esta vivência caótica que a codependência produz?

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