A autopiedade é uma das características da codependência. É mais fácil e familiar reclamar das mazelas pessoais, alimentar as dores com as quais já nos acostumamos a lidar do que sair deste papel e passar a ser autor de uma nova história, ser responsável pelo resultado de suas escolhas.

Para isso, é preciso passar por um processo de desnudar-se de máscaras, de crenças, de ilusões e conhecer a si cada vez mais. Quais são meus aspectos positivos e negativos? Qual a minha luz e a minha sombra? Eu aceito os meus defeitos? Valido as minhas qualidades? Reconheço os meus erros e procuro formas de ser melhor a cada dia? Estou disposta a abrir mão de meus ganhos secundários em ser a vítima e buscar uma forma responsável de viver?

Sozinhos, muitas vezes não conseguimos acessar estas questões, mas em um grupo de apoio, na terapia, num círculo de mulheres, numa palestra, por meio de um livro, abre-se o portal do autoconhecimento.

A partir disso, é preciso mergulhar cada vez mais dentro de si, revirando-se, escavando seus escombros, limpando os porões, colocando luz sobre a sombra.

Até que ponto você está disposto a ir para encontrar a si mesmo? O resultado, sem dúvidas, valerá a pena. Será o presente da autoaceitação, da busca do amor-próprio e da liberdade emocional.